Prefeitura de Belém apoia o empreendedorismo de mulheres da Terra Firme

• Atualizado há 11 meses ago

As mulheres do bairro da Terra Firme que receberam cursos de qualificação profissional do programa Donas de Si, da Prefeitura de Belém, entraram numa fase decisiva para o atendimento pelo programa Crédito Solidário. Elas iniciaram o ciclo de preparação dos planos de negócio, que vai orientar a aplicação do crédito no próprio empreendimento. O Donas de Si e o Crédito Solidário são programas da Prefeitura de Belém, realizados por meio do Banco do Povo de Belém. 

A jovem Arcângela de Souza, trançadeira, planeja investir o recurso do Crédito Solidário na aquisição em grande quantidade de materiais apropriados que possam subsidiar o trabalho de outras trançadeiras. “Eu vejo pessoas fornecendo para trançadeiras sem conhecer os materiais apropriados. Eu faço tranças afro há muitos anos. Conheço bem os materiais. Quero continuar o meu trabalho de trançadeira, mas também abrir um negócio especializado de venda desses materiais”, conta.

Arcângela Souza já tem planos para investir no negócio com o crédito da Prefeitura.

Dinamizar a economia

Desde que foi reativado pela gestão do prefeito Edmilson Rodrigues, em fevereiro deste ano, o Crédito Solidário já concedeu R$1.350 milhão em financiamentos que contemplaram 450 pessoas. O programa apoia os pequenos negócios, especialmente de pessoas sem acesso a bancos comerciais com o objetivo de gerar emprego e renda, além de dinamizar a economia local, explica o gerente do Crédito Solidário do Banco do Povo, Alcir Ferreira.

Os valores do crédito são de até R$ 5 mil para pessoa física e de até R$ 10 mil para pessoa jurídica, com pagamento parcelado, carência para começar a pagar e juro que varia de 0,01% (juro zero) a 1,5%.

Próximos passos

O gerente detalha que nas oficinas realizadas nos últimos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, na sede do Banco, as mulheres da Terra Firme receberam orientações para preparar o plano de negócio que irá orientar o processo de acesso ao crédito. Cada uma delas terá que informar como vai aplicar o dinheiro, se na aquisição de insumos (capital de giro) ou em melhorias, como aquisição de equipamento e melhoria do espaço (capital fixo). 

Em seguida, os locais em que elas realizam os negócios serão visitados por agentes de crédito e os planos de negócio serão submetidos à análise do Comitê de Crédito para aprovação. “Os negócios delas dão variáveis, tem gente que mexe com bar, que vende caranguejo e churrasco e outros”, informou Ferreira.

Outros atendimentos

Entre junho e julho deste ano, o bairro da Terra Firme recebeu três turmas do programa Donas de Si, dos cursos de “Bolos e Doces” e “Planejamento de Cardápio com o Aproveitamento Seguro de Alimentos”, totalizando 60 vagas. As aulas foram ministradas por instrutoras do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), instituição contratada pela Prefeitura de Belém, por meio do Banco do Povo, que emite certificado com validade nacional. 

Os cursos foram realizados em parceria do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) da Terra Firme, da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), em espaços cedidos pelas paróquias Santa Maria de Belém e Menino Jesus.

Após os cursos, em setembro, as alunas do Donas de Si desses e de outros cursos oferecidos por meio do contrato com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), receberam a palestra inicial do Crédito Solidário e cinco dias de oficinas de empreendedorismo do programa “Ela Pode”, do Instituto Rede Mulher Empreendedora, apoiado pelo Google, na Paróquia São Domingos Gusmão, além da palestra da ONU Mulheres sobre a política do cuidado.

“A ação realizada pela Prefeitura de Belém, por meio do Banco do Povo, dentro dos territórios é muito importante para alcançarmos públicos vulneráveis. Investimos em cursos de qualidade, reconhecidos no mercado, que possam gerar renda imediata. E o Crédito Solidário vem complementar esse apoio para que as mulheres, especialmente a maioria que é mãe e provedora da família, possa alcançar a autonomia financeira”, afirma a coordenadora-geral do Banco do Povo, Georgina Galvão.

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