“Estou desempregada e fiz o curso de processamento de frutas. Aprendi a fazer muitas coisas, tudo muito gostoso. Pretendo ter uma renda a mais, vou procurar o Banco do Povo que nos indicaram”, comentou Marineide do Socorro, de 57 anos , que, ao lado de mais 60 alunos, se formou nos cursos de capacitação promovido pela Prefeitura de Belém, por meio do Programa Donas de Si.
A formatura foi realizada na Escola Liceu de Artes e Ofícios Mestre Raimundo Cardoso, em Icoaraci, na tarde desta sexta-feira, 11. A cerimônia de formação contou com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e apresentação de diversas atrações culturais, como o grupo Balé Folclórico da Amazônia e o professor Silvio Barbosa, com flauta de cerâmica.
Formatura – Os 61 novos empreendores, sendo 60 mulheres e um homem, receberam o certificado de conclusão dos cursos. Eles foram divididos em quatros turmas, sendo duas para o curso de panificação e as outras duas para a capacitação em processamento em frutas e produção de doces, oferecidas pelo Banco do Povo em parceria com os Serviços Nacionais de Aprendizagem Rural (Senar) e Industrial (Senai). Inicialmente, 80 vagas seriam ofertadas, mas, para manter os cuidados sanitários, em razão da pandemia, duas turmas foram reduzidas.
“Estamos no Paracuri, em Icoaraci, na escola que homenageia o mestre Raimundo Cardoso, o Liceu de Paracuri, formando 61 novas pessoas, um homem e 60 mulheres. São pessoas que ganham um diploma que tem validade nacional”, comentou o prefeito Edmilson Rodrigues.
Renda – A jovem Luana Lima , de 25 anos, passou duas semanas realizando o curso de panificação, onde aprendeu a fazer vários tipos de pães e biscoitos, além de pizza, empada, brownie e broa de milho. A nova empreendedora já está ansiosa para vender os produtos que aprendeu a produzir.
“Tenho três filhos e recebo o Bora Belém desde de novembro. Fiz o curso de panificação e já estou me programando para colocar uma venda na frente de casa, porque no momento estou desempregada, e esse curso me ajudou muito, ajudou bastante mesmo, porque eu aprendi a fazer coisas que eu não sabia, como salgados, torta, pão e bolo”, disse emocionada.
Extensão – Voltado para as mulheres beneficiárias do Bora Belém, o Programa Donas de Si utiliza a metodologia de Laboratórios Organizacionais de Terrenos (LOT), que tem bases no conceito de inclusão social produtiva por meio da capacitação massiva de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O LOT motiva a busca da autonomia financeira das pessoas, e a partir disso, uma série de resultados econômico, e de produção, nesse caso específico, de mulheres chefes de família que buscam a autonomia financeira. Esse método resulta de ações do poder público para o fomento e cooperação às iniciativas criativas e coletivas de inclusão produtiva.
“Primeiro combatemos a fome com o Bora Belém, pagando uma renda básica. Em segundo lugar, formamos e qualificamos as pessoas profissionalmente, para que elas acreditem que podem constituir uma associação produtiva, uma microempresa, uma cooperativa. O terceiro passo é o microcrédito do Banco do Povo, para que aquela pessoa possa viabilizar o seu empreendimento, porque precisa comprar equipamentos”, explicou o prefeito Edmilson Rodrigues, sobre as etapas do Bora Belém.
Donas de Si – O programa já formou pessoas nos bairros do Bengui, Jurunas e Tapanã, e está com turmas no distrito de Outeiro. Segundo a coordenadora do Banco do Povo, Georgina Galvão, o programa pretende expandir para outras áreas da capital
“O Donas de Si é capacitação, uma das etapas é chegar ao crédito. Prevemos que vamos circular pela cidade, quando a pandemia permitir, para levar a capacitação a vários locais. Quem aprendeu já pode começar a vender. É uma coisa imediata e qua dá retorno”, finaliza Georgina Galvão.