Em decorrência do ano eleitoral de 2024, bem como a Lei Federal nº 9.504/1997, que estabelece normas gerais para leições e determina as condutas vedadas aos agentes públicos, configurando algumas condutas como abuso de poder, bem como a infringência ao art. 37, §1º da Constituição Federal, as notícias deste site estão desabilitadas até o fim do período eleitoral.

Crédito da Prefeitura chega para mais pequenos empreendedores de Mosqueiro 

• Atualizado há 2 anos ago

A pescadora e ribeirinha do Furo das Marinhas, em Mosqueiro, Mauriceli Foro da Silva, de 24 anos, foi ao Banco do Povo de Belém assinar o contrato do crédito solidário, nesta segunda-feira, 21. Ela é uma trabalhadora autônoma, oriunda de uma família de pescadores, mãe de dois filhos e beneficiária do Auxílio Brasil, que dificilmente teria acesso a crédito em um banco comercial. Ela recebeu R$ 3.500 com pagamento parcelado em 12 meses a juro zero (0,01%) e dois meses de carência para começar a pagar.

Incremento

O crédito para pequenos empreendedores é viabilizado pelo Banco do Povo de Belém, a partir de determinação do prefeito Edmilson Rodrigues. A finalidade é movimentar a economia do município a partir de pessoas que não estão dentro dos critérios de atendimento dos bancos privados: uma forma de usar recursos públicos para incrementar os pequenos negócios, ajudando de forma direita os menos favorecidos. 

Mauriceli assina o contrato para a liberação do crédito a juro zero.

Além de Mauriceli, 14 pequenos empreendedores da ilha de Mosqueiro foram ao Banco do Povo nesta segunda-feira assinar os contratos do crédito solidário da Prefeitura de Belém.

“Eles são de diversas áreas da ilha, como Vila, Chapéu Virado e Furo das Marinhas”, explica o agente de crédito Gilvan Cleber Nascimento. “Esse grupo teve o total de R$ 36.500 em créditos liberados. Com isso, chegamos a R$ 460.650 de crédito solidário liberado ao distrito de Mosqueiro, beneficiando 143 pessoas, sendo 80 mulheres e 63 homens”.

Pescadora

“Eu pesco desde os meus 14 anos”, conta Mauriceli. “O meu pai tem uma embarcação, ele pesca em alto mar. Mas eu tenho uma canoa. Todos os dias, às 16h, preparo a puqueca (isca) e saio com o meu irmão e a minha mãe para consertar os matapis (armadilhas de camarão) e colocar as iscas. Ficamos aguardando umas 3 horas e retornamos para recolher os camarões. Terminamos às 22h30”, conta. “Também temos tarrafas em outro local para apanhar camarões e peixes, como o tucunaré, bagre e pescada”, acrescenta.

A rotina dela é dividida entre a pesca, os afazeres domésticos e o cuidado com o filho caçula, Melke, de 7 meses de idade. “Tudo que faço é por ele. O meu pai cuida do meu filho mais velho, Thiago Miguel, de 7 anos, mas o Melke depende de mim para tudo”, conta ela, que é mãe-solo.

Com o crédito da Prefeitura de Belém, ela afirma que vai fazer reparos na canoa, comprar um motor para a pequena embarcação e reformar 15 matapis. “Vai me ajudar bastante”, comemorou.

Mauriceli e o pequeno Melke foram recebidos pela coordenadora-geral do Banco do Povo, Georgina Galvão. “É com satisfação que a Prefeitura de Belém está apoiando quem mais precisa, sobretudo as mulheres chefas de família, que mesmo tendo outras responsabilidades para dar conta, não desistem de lutar pelo futuro de si mesmas e dos filhos”, disse Georgina.

Crédito

O crédito solidário é uma política de incentivo ao pequeno empreendedor formal ou informal, que já possua um negócio ou que queria abrir um.

A pessoa física pode acessar até R$ 5 mil e a pessoa jurídica, até R$ 10 mil, para adquirir mercadorias ou investir na aquisição de equipamentos e na reforma ou ampliação do espaço físico do empreendimento.

Veja também