Os pequenos empreendedores do Complexo de São Brás buscam se preparar para retornar ao espaço após a conclusão da reforma, realizada pela Prefeitura de Belém. Representantes da Associação dos Empreendedores do local (AECOM) estiveram no Banco do Povo de Belém, no último dia 5 de setembro para buscar a requalificação profissional do segmento, por meio do programa Donas de Si e também do Crédito Solidário. A obra, iniciada em maio deste ano, será concluída em 18 meses, a tempo para a COP-30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que será realizada em Belém, em 2025.
O prédio histórico do Mercado de São Brás, de arquitetura neoclássica e Art Noveau, datado de 1910, fica localizado em um dos principais pontos de circulação de pessoas da cidade de Belém. Segundo a AECOM, os permissionários que trabalham dentro do mercado e nos arredores que compõem o complexo somam quase 300 pessoas. Com as obras, 193 deles foram realocados provisoriamente para a parte de trás do mercado.
As dirigentes da associação, Rosana Martins; do Movimento Belém da Gente, Joelma Ferreira; e do Fórum Municipal de Economia Solidária, Joana Mota, acompanhadas de Carlos Raposo, um dos empreendedores mais antigos da área do Mercado de São Brás, foram recebidos pela coordenadora-geral do Banco do Povo, Georgina Galvão, na sede do órgão municipal.
Avanço
“A associação está orientando os associados a requalificar os empreendimentos dentro das boas práticas”, contou Georgina. “Firmamos o compromisso de iniciar pelo setor de alimentação, oferecendo uma turma do curso de ‘Planejamento de Cardápio com o Aproveitamento Seguro de Alimentos’. E, para os demais setores do mercado, ofertaremos de imediato oficinas de gestão de negócios e iremos avançando nas demandas até que eles estejam preparados quando retornarem ao mercado após a reforma”, acrescentou.
“Vamos voltar para o prédio (do mercado) já qualificados, já preparados para a COP-30”, inicia Rosana. “A gente vai viver uma nova história. Queremos aprender línguas estrangeiras, preparar o nosso negócio. Queremos estar no meio do processo, não só assistindo”, reforça.
O objetivo da associação é buscar requalificação para todos os empreendedores do local, iniciando pelo setor de alimentação. “Temos muitos setores no Complexo de São Brás, como refeições, lanches, artesanato, marcenaria, carne, peixe, importados, ervas medicinais, produtos religiosos, vinis, entre outros”.
Reforma
A reforma e requalificação do Complexo de São Brás é realizada por meio da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem). A Ordem de Serviço foi assinada pelo prefeito Edmilson Rodrigues. A obra é orçada em cerca de R$ 100 milhões com recurso da Prefeitura de Belém, garantido por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal. O Mercado de São Brás vai ganhar mezaninos, que poderão ser acessados por elevadores e escadas rolantes.
O prédio histórico vai se tornar um ponto atrativo de negócios, gastronomia e lazer para atender a população belenense e os turistas. Segundo a Codem, 15% das obras já foram concluídos.