As empreendedoras do coletivo Pretas Paridas da Amazônia, que expõem e comercializam produtos na loja do Conselho de Estudo e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa), situada na Praça da República, foram até o Banco do Povo de Belém buscar apoio, após o espaço ter sido arrombado e os produtos e outros objetos de trabalho terem sido roubados, no dia 8 de abril.
A coordenadora geral do Banco, Georgina Galvão, disponibilizou os serviços de crédito solidário e de qualificação profissional para as empreendoras negras.
Quilombo da República
O grupo trabalha na Praça da República desde 2019, no espaço denominado Quilombo da República, considerado sagrado pelo movimento negro, pois no período da escravidão, onde hoje está localizada a praça serviu de cemitério das pessoas negras. Participaram da reunião no Banco do Povo, as empreendedoras, Vanessa Mendonça, Maria Luíza Nunes e Natália Reis.
“Somos um coletivo de 19 mulheres pretas empreendedoras da periferia de diversos bairros de Belém. Produzimos arte, confecções e acessórios de moda, artesanato, além de serviços de estética, comunicação e venda de livros”, explica Vanessa Mendonça, que é estilista e costureira.
“Roubaram mais de 80% da nossa produção em mercadorias, além de ventilador, cafeteira e caixa de som. Tivemos um prejuízo de mais de R$ 20 mil. Vandalizaram o nosso espaço”, contou. “Agora, precisamos nos reerguer, precisamos de recursos para produzir de novo”, completou.